terça-feira, 3 de abril de 2012

Ragnarök - O Manhwa


Olá, novamente, nobres humanos, elfos, hobbits, goblins ou qualquer outra forma de vida que venha a se aventurar neste blog. Hoje, mais uma vez lhes trago uma obra feita em quadrinhos, porém não se trata de HQ ou de mangá, mas sim de um “manhwa” (Que possui o mesmo nome do jogo que inspirou), Ragnarök.

            A história, em geral, se baseia em Chaos, o escudeiro (e amigo) de Iris, cujos quais vivem em Payon. Chaos perdeu sua memória, assim não sabendo nada sobre quem foi no passado, inclusive, não tendo certeza se Chaos é seu verdadeiro nome. Isso até a chegada de Fenris Fenrir, que teve memórias antigas e lacradas libertas, e assim busca pela reencarnação do Deus decaído Balder, o qual diz ser Chaos. Balder é uma das peças chaves para o acontecimento do Ragnarök (que significa o fim da era dos Deuses e o início da era dos humanos), o qual necessita acontecer, e os Deuses, obviamente, sabem disto e estão tentando impedir todos os que podem trazer o Ragnarök. Com o passar de sua jornada, outros membros entram em se grupo, além de Chaos (ou supostamente Balder) acabar descobrindo sobre seu passado lentamente, e com isso seus poderes e habilidades vão voltando e aumentando.


Aqui temos uma clássica história RPG, um grupo que busca deter algo muito maior do que eles e para isso vão aumentando seu grupo e aprimorando suas habilidades com o passar de sua aventura.Gostaria de retomar um termo citado no começo, “manhwa”, é praticamente como um mangá, só que além do lugar de origem ser diferente, (mangás são japoneses e manhwas são coreanos) ele tem a forma de leitura ao contrario do mangá, assim como um livro comum de nosso continente. Resumindo, é um mangá que se lê como um HQ, ou qualquer outro livro ocidental.
Este “manhwa” aqui no Brasil foi produzido pela editora Conrad de 2004 a 2005, e possui 20 edições. Originalmente seriam 10, mas como é de praxe para os mangás que foram produzidos no começo da primeira década do ano 2000, até pouco mais de sua metade, eram feitos “meio mangá por vez”. Cada original geraria dois mangás nacionais, assim tornando os títulos mais baratos e com o dobro de edições, tendo como exemplos Sakura Card Captors, Cavaleiros do Zodíaco, Blade – A Lâmina do Imortal (citado no post anterior) entre muitos outros. Também é importante constatar que Ragnarök foi uns dos primeiros (se não o primeiro) títulos coreanos trazidos pela Conrad até nós.

Esta ótima história de aventura talvez tenha dois pontos fracos, um para o qual não ligo muito, e o outro que incrivelmente trágico. O primeiro são as ilustrações durante as lutas, alguns creem que os desenhos que simbolizam os movimentos rápidos e magias acabam por ser muito extravagantes e deixar a própria cena confusa e de difícil interpretação. Realmente concordo que há algumas imagens que precisamos analisar mais atentamente, mas mesmo assim, isso não diminui o valor da história ou da própria arte do manhwa, além das imagens não serem tão indecifráveis a meu ver. O segundo ponto tratasse da lamentável parada do manhwa. Na a edição n°20, recebemos a notícia, de que a partir deste volume, Ragnarök não seria mais produzido, pois havia alcançado a edição original coreana, o que de fato aconteceu. E o tempo foi passando e passando e já estava ficando estranho Lee Myung Jin (criador da série) não continuar a publicação de Ragnarök. Criou-se um rumor de que talvez estivesse escrevendo a história ou que estivesse envolvido em outra criação do mesmo gênero. Porém, pesquisando um pouco mais pude constatar que ele está trabalhando para o jogo que foi inspirado em sua obra, e que carrega o mesmo nome de sua obra, Ragnarök. Ele, supostamente, trabalha lá fazendo a arte de elementos para jogo, como, acredito, para as capas de CDs, wallpapers, pôsteres e talvez até partes gráficas do jogo. Não tenho nada contra contratarem o escritor da história que inspirou o jogo para trabalhar nele, na verdade acho isso muito bom, pois isso aproxima muito as duas coisas (o manhwa e o jogo), o que aprecio muito em jogos inspirados em séries e vice versa. Mas isso não é motivo para a história parar de ser publicada, até creio que esse fato até atrairia mais fãs, pois o jogo (cujo qual é online e possui uma versão pra Nintendo DS) seria um grande instrumento de divulgação.

Deixar tudo de lado deixa muito leitores desapontados, além de parecer que o Sr. Jin trocou sua preciosa série por algo mais lucrativo, e o fez de modo súbito, como da pra ver com lendo seu manhwa, pois a história para no meio de uma trama, pode-se dizer que parou em um momento em que nitidamente não poderia parar, deixando todos ansiosos por uma história que nunca chega ao fim (e que prefiro não pensar na hipótese de que nunca chegara).



Ragnarök é um bom manhwa com uma boa trama, pelo menos até onde ela foi escrita, além do jogo inspirado nele também ser bom. Este título é um dos que esta na minha lista de coleções completas, e que recomendo a ter-las. Além de ter sido lançado e fica por aqui durante a época em que o jogo estava no auge, até mesmo tínhamos propagandas na televisão. Acredito que por mais que não tenha sito terminado, ele merece estar em nossas memórias e prateleiras de mangás e HQs. E assim, despeço-me de vós com o pedido que venham a conhecer ou até relembrar esta ótima saga.



                                                                                                                                           Que bons ventos os levem em sua jornada.


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